sexta-feira, 4 de julho de 2008

Beato Pier Giorgio Frassati

Pier Giorgio Frassati nasceu em Turim, a 6 de abril de 1901 de uma família rica: a mãe Adelaide Ametis uma pintora; o pai, Alfredo Frassati, em 1895 com pouco mais de trinta e seis anos fundara o jornal “La Stampa”; em 1913 é o mais jovem senador do Reino e em 1922 é embaixador da Itália em Berlim.

Pier Giorgio absorveu a vida cristã mergulhando espontaneamente, por escolha pessoal na água viva que a Igreja daquele tempo lhe oferecia: daquela Igreja na qual não faltavam limites e problemas, ele sentiu-se membro activo.

As associações nas quais Pier Giorgio se inscrevera, muitas vezes contra a vontade dos familiares e participando em todas as actividades, assumindo responsabilidades.

“Você è um ‘beato?’, perguntou-lhe alguém na universidade. Não respondeu Pier Giorgio com bondade mas com firmeza: “Não sou ‘cristão’!

A irmã Luciana revelou que a situação era mais humilhante de quanto se pode imaginar: Em casa Pier Giorgio era tido como um tolo e sempre com pouco dinheiro porque para ajudar os outros devia dar não o supérfluo mas o necessário.

Procurava convencer os outros a fazer o mesmo. Diz um amigo: Um dia procurava convencer-me entrar na conferência de S. Vicente de Paulo, a minha dificuldade era entrar nas casas dos pobres pois poderia vir a ter algumas doenças, ele com muita simplicidade respondeu-me que visitar os pobres era visitar Jesus.

Entre os seu sofrimentos, devemos lembrar o seu amor profundo por Laura Hidalgo de condição humilde, amor ao qual ele se sentiu moralmente a renunciar devido aos preconceitos da família. E ao ver o divórcio dos seus pais tão real percebeu que: ”não posso destruir uma família para formar uma outra. Serei eu a me sacrificar”

O dia 30 de junho de 1925 Pier Giorgio começou sentir fortes enxaquecas. Ninguém lhe deu a devida atenção porque a sua avó estava a viver os seus últimos dias (com cerca de noventa anos), e aquele rapagão alto e vigoroso, a quem pouco se reparava pois era bom demais, com as suas febres não deveria ser nada de outro mundo. Mas é que Pier Giorgio começava a morrer, sentindo o seu jovem corpo destruir-se com a paralisia que estava avançando progressiva e implacavelmente, sem que ninguém lhe desse atenção.

Quando os pais apavorados afinal compreenderam o que lhe estava a acontecer já era tarde. A vacina que veio rapidamente do Instituto Pasteur de Paris já não tinha efeito devido ao avanço da doença.

O último dia de sua vida Pier Giorgio pediu à irmã Luciana para buscar na escrivaninha uma caixinha de injecções que não tinha conseguido entregar a um dos seus pobres e quis escrever um bilhete com as instruções e o endereço: Quis escrevê-lo com as suas próprias mãos já atormentadas pela paralisia e saiu um emaranhado de letras quase incompreensível. É o seu testamento: as últimas energias para a última caridade.

O funeral foi um acorrer de amigos e principalmente de pobres; os primeiros a ficar assombrados vendo-o tão querido e tão conhecido, foram os seus familiares que pela primeira vez compreendiam onde Pier Giorgio viveu verdadeiramente nos seus poucos anos de vida, apesar de ter tido uma casa confortável e rica na qual chegava sempre atrasado.



em concordância com Di Lorenzo, Maria, "Pier Giorgio Frassati" 2003 Paulinas
Um livro cuja leitura recomendo vivamente pelo Testemunho impressionante do Jovem Pier Giorgio


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