domingo, 29 de junho de 2008

S. PEDRO e S. PAULO, Apóstolos

Desde o século III que a Igreja une na mesma solenidade os Apóstolos S. Pedro e S. Paulo, as duas grandes colunas da Igreja. Pedro, pescador da Galileia, irmão de André, foi escolhido por Jesus Cristo como chefe dos Doze Apóstolos, constituído por Ele como pedra fundamental da Sua Igreja e Cabeça do Corpo Místico. Foi o primeiro representante de Jesus sobre a terra.S. Paulo, nascido em Tarso, na Cilícia, duma família judaica, não pertenceu ao número daqueles que, desde o princípio, conviveram com Jesus. Perseguidor dos cristãos, converte-se, pelo ano 36, a caminho de Damasco, tornando-se, desde então, Apóstolo apaixonado de Cristo. Ao longo de 30 anos, anunciará o Senhor Jesus, fundando numerosas Igrejas e consolidando na fé, com as suas Cartas, as jovens cristandades. Foi o promotor da expansão missionária, abrindo a Igreja às dimensões do mundo.Figuras muito diferentes pelo temperamento e pela cultura, viveram, contudo, sempre irmanados pela mesma fé e pelo mesmo amor a Cristo. S. Pedro, na sua maravilhosa profissão de fé, exclamava: «Tu és o Cristo, o Filho de Deus vivo». E, no seu amor pelo Mestre, dizia: «Senhor, Tu sabes que eu Te amo». S. Paulo, por seu lado, afirmava: «Eu sei em quem creio», ao mesmo tempo que exprimia assim o seu amor: «A minha vida é Cristo»!Depois de ambos terem suportado toda a espécie de perseguições, foram martirizados em Roma, durante a perseguição de Nero. Regando, com o seu sangue, no mesmo terreno, «plantaram» a Igreja de Deus.Após 2000 anos, continuam a ser «nossos pais na fé». Honrando a sua memória, celebremos o mistério da Igreja fundada sobre os Apóstolos e peçamos, por sua intercessão, perfeita fidelidade ao ensinamento apostólico.

Fonte: http://www.agencia.ecclesia.pt/

sábado, 28 de junho de 2008

Ano Paulino

Bento XVI anunciou dia 21 de janeiro a celebração de um “especial ano jubilar” dedicado ao Apóstolo Paulo, por ocasião dos 2000 anos do seu nascimento. O Ano Paulino irá prolongar-se de 28 de Junho de 2008 a 29 de Junho de 2009.

Este anúncio foi sublinhado com uma salva de palmas por parte dos fiéis que estavam presentes na Basílica de São Paulo fora de muros, para a celebração das I Vésperas da Solenidade dos Apóstolos Pedro e Paulo.

Bento XVI lembrou que Paulo passou de “violento perseguidor dos cristãos” a Apóstolo de Jesus e por ele “sofreu e morreu”. “Como é atual, hoje, o seu exemplo”, exclamou. O nascimento de Paulo é colocado pelos historiadores entre o ano 7 a 10 depois de Cristo.

O Papa indicou que Roma será um local privilegiado para a celebração deste Ano Paulino, dado que a cidade conserva o túmulo de São Paulo, descoberto na Basílica romana de São Paulo fora de muros.

“Na Basílica papal e na antiga abadia beneditina poderão ter lugar uma série de eventos litúrgicos, culturais e ecumênicos, pastorais e sociais, todos respeitantes à espiritualidade paulina”, disse.

Um destaque especial vai ser dado às peregrinações junto ao túmulo do Apóstolo. Congressos de estudo e publicações especiais de textos paulinos juntam-se a estas iniciativas, para “fazer conhecer cada vez melhor a imensa riqueza dos ensinamentos” de São Paulo, verdadeiro “patrimônio da humanidade redimida em Cristo”.

Iniciativas análogas poderão ser realizadas noutras partes do mundo, promovidas por muitas das Instituições que levam o nome de São Paulo ou se inspiram nos seus ensinamentos.

Paulo de Tarso

Paulo foi uma das figuras que marcou, de forma decisiva, a história do Cristianismo, o Apóstolo que anunciou o Evangelho em todo o mundo antigo, sem nunca vacilar perante as dificuldades, os perigos, a tortura, a prisão ou a morte.

Nasceu na cidade de Tarso, na Silícia, numa família judaica na diáspora, mas com cidadania romana. Paulo não foi primariamente um escritor, mas um rabino convertido na célebre “Visão de Damasco” (At 9,1-19; 22,4-21; 26,9-18) que percorreu muitos milhares de quilômetros, anunciando de cidade em cidade o “Evangelho” da morte e ressurreição de Jesus. Morreu em Roma, no ano 67.

O nome de Paulo aparece como autor de 13 Cartas do Novo Testamento, escritas a diferentes comunidades, ao longo de uns cinqüenta anos: Romanos, Gálatas, 1 Tessalonicenses, 1 e 2 Coríntios, Filipenses e Filémon; 1 e 2 Timóteo, Tito, Efésios, Colossenses, 2 Tessalonicenses.

Teologicamente falando, Paulo assimilou o sistema teológico dos cristãos de origem helenista, que antes perseguia, e começou a pregação contra o sistema judaico, que antes seguia com rigor de fariseu. Os próprios judeu-cristãos de Jerusalém foram certamente poupados na sua “perseguição” ao Cristianismo nascente, porque salvavam a relação umbilical entre Cristo e Moisés e não pareciam a Paulo mais do que um “desvio” farisaico.

Esta inculturação do Evangelho na cultura helenista – tipicamente citadina – levou Paulo, homem da cidade, a utilizar uma linguagem mais teológica e abstrata, própria do ambiente evoluído em que pregou o Evangelho, em contraposição com a linguagem campestre utilizada por Jesus no ambiente agrícola e pastoril da Palestina.

O túmulo

Os responsáveis vaticanos asseguram que o sarcófago que se encontra sob o altar papal da Basílica de São Paulo, em Roma, era considerado, já em 390, como o do Apóstolo. Já no fim do século II, o presbítero romano Gaio, citado por Eusébio, assinalava a existência do “tropaion” erguido como testemunho do martírio de Paulo.

As escavações decorreram entre 2002 e 22 de Setembro de 2006, permitindo trazer à luz do dia a abside da Basílica costantiniana, englobada no transepto do edifício dos três Imperadores, Teodósio, Valentiniano II e Arcádio (que ampliaram a Basílica de Constantino).

Foi aqui, debaixo do altar papal, que se deu o achado: um sarcófago com a inscrição incompleta «Paulo apostolo mart(yri)» (Paulo Apóstolo Mártir), visível desde a base do altar e ao nível da antiga basílica, construída no século IV.

sexta-feira, 27 de junho de 2008

Nossa Senhora do Perpétuo Socorro

A História do Ícone

O comerciante que roubou "Nossa Senhora"

Há uma tradição do século XVI que nos fala de um comerciante da ilha de Creta, que roubou um quadro milagroso de uma das igrejas do lugar. Escondeu-o entre suas mercadorias e viajou para o Ocidente. Foi somente pela Providência Divina que ele sobreviveu a uma violenta tempestade e desembarcou em terra firme. Depois de mais ou menos um ano , chegou a Roma com seu quadro roubado.

Foi aí que ele adoeceu mortalmente e procurou um amigo que cuidasse dele. Estando para morrer, revelou o segredo do quadro e pediu ao amigo que o devolvesse a uma igreja. O amigo prometeu realizar o seu desejo mas, por causa da sua esposa, não quis desfazer-se de um tão belo tesouro. O amigo também morreu sem ter cumprido a promessa.

Por último, a Santíssima Virgem apareceu a uma menina de seis anos, filha desta família romana, e mandou-lhe dizer à mãe e à avó que o quadro de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro devia ser colocado na Igreja de São Mateus Apóstolo, situada entre as basílicas de Santa Maria Maior e São João Latrão.

Diz a tradição que, após muitas dúvidas e dificuldades, "a mãe obedeceu e, tendo procurado o sacerdote encarregado da igreja, o quadro foi colocado na igreja de São Mateus, no dia 27 de março de 1499". Aí ele iria ser venerado durante os 300 anos seguintes. Então começa o segundo estágio da historia do ícone, e a devoção a Nossa Senhora do Perpétuo Socorro começou a se divulgar em toda a cidade de Roma.

Três séculos na igreja de São Mateus
A Igreja de S. Mateus não era grande, mas possuía um inestimável tesouro que atraía os fiéis: o quadro de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro. De 1739 a 1798, a igreja e o convento adjacente estiveram aos cuidados dos Agostinhos irlandeses, que foram injustamente exilados do seu país e usavam o convento como centro de formação para a sua Província romana. Os jovens estudantes encontravam um refúgio de paz junto à Virgem do Perpétuo Socorro, enquanto se preparavam para o sacerdócio, o apostolado e o martírio.

Em 1798, a guerra atingiu Roma e o convento bem como a igreja foram quase totalmente destruídos. Alguns Agostinhos permaneceram lá por mais alguns anos, mas eventualmente eles também tiveram de partir. Alguns voltaram para a Irlanda, outros foram para novas fundações na América, mas a maioria passou para um convento vizinho. Este último grupo levou consigo o quadro de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro. Assim começou o terceiro estágio da história, os "anos ocultos".
Em 1819, os Agostinhos irlandeses transferiram-se para a Igreja de Santa Maria in Posterula, perto da ponte "Umberto I" que atravessa o rio Tibre. Com eles foi a "Virgem de São Mateus". Mas como "Nossa Senhora da Graça" era já venerada naquela igreja, o quadro recém-chegado foi posto numa capela interna do convento, onde ele permaneceu, quase desconhecido, a não ser para o Irmão Agostinho Orsetti, um dos jovens frades provenientes de São Mateus.

O Religioso idoso e o jovem acólito

Os anos corriam e parecia que o quadro que tinha sido salvo da guerra que destruiu a igreja de São Mateus estava para cair no esquecimento.

Um jovem acólito chamado Michele Marchi visitava muitas vezes a igreja de Santa Maria in Posterula e tornou-se amigo do Irmão Agostinho. Muito mais tarde, o então sacerdote Pe. Michele escreveria:
"Este bom Irmão costumava falar-me com um certo ar de mistério e ansiedade, especialmente durante os anos 1850 e 1851, estas exactas palavras: 'Vê bem, meu filho, tu sabes, que a imagem da Virgem de São Mateus está lá em cima na capela: nunca te esqueça delas, entendes? É um quadro milagroso'. Naquele tempo o Irmão estava quase totalmente cego." O que eu posso dizer a respeito do venerável quadro de 'Virgem de São Mateus', também chamada 'Perpétuo Socorro', é que desde a minha infância até quando entrei na Congregação Redentorista sempre o vi em cima do altar da capela doméstica dos Padres agostinhos da Província irlandesa em Santa Maria in Posterula, não havia devoção a ele, nem enfeite, nem sequer uma lâmpada para reconhecer a sua presença, ficava coberto de poeira e praticamente abandonado. Muitas vezes, quando ajudava a Missa lá, olhava para ele com grande atenção."

O Irmão Agostinho morreu em 1853 na venerável idade de 86 anos, sem ter visto realizado o seu desejo de que a Virgem do Perpétuo Socorro fosse de novo exposta à veneração pública. Suas orações e sua ilimitada confiança na Virgem Maria pareciam ter ficado sem resposta.

A redescoberta do ícone

Em Janeiro de 1855, os Missionários redentoristas adquiriram "Villa Caserta" em Roma, fazendo dela a Casa Generalícia da sua Congregação missionária, que se tinha espalhado pela Europa ocidental e América do Norte. Nesta mesma propriedade junto à Via Merulana, estavam as ruínas da Igreja e do Convento de São Mateus. Sem percebê-lo na ocasião, eles tinham adquirido o terreno que, muitos anos antes, tinha sido escolhido pela Virgem para seu santuário entre Santa Maria Maior e São João de Latrão.

Quatro meses depois, foi iniciada a construção de uma igreja em honra do Santíssimo Redentor e dedicada a Santo Afonso de Ligório, fundador da Congregação. Em dezembro de 1855, um grupo de jovens começava seu noviciado na nova casa. Um deles era Michele Marchi.
Os Redentoristas estavam extremamente interessados na história da sua nova propriedade. Mais ainda, quando, a 7 de fevereiro de 1863, ficaram intrigados com as questões de um pregador jesuíta, Pe. Francesco Blosi, que num sermão falou de um ícone de Maria que "tinha estado na Igreja de São Mateus na Via Merulana e era conhecido como a Virgem de São Mateus, ou mais correctamente a Virgem do Perpétuo Socorro".

Noutra ocasião, o Cronista da comunidade redentorista, "examinando o que alguns autores tinham escrito sobre as antiguidades romanas, encontrou referências à Igreja de São Mateus. Entre elas havia uma citação particular, mencionando que naquela igreja (que estava situada na área do jardim da comunidade) havia um antigo ícone da Mãe de Deus, que gozava de 'grande veneração e fama por seus milagres.'" Então, "tendo contado tudo isto à comunidade, começaram a se perguntar onde poderia estar o quadro. O Pe. Marchi repetiu tudo o que ouvira do Irmão Agostinho Orsetti e disse a seus confrades que muitas vezes tinha visto o ícone e sabia muito bem onde se achava."

Os Redentoristas recebem o ícone
Com esta nova informação, cresceu entre os Redentoristas o interesse por saber mais sobre o ícone e por recuperá-lo para a sua igreja. O Superior Geral, Pe. Nicholas Mauron, apresentou uma carta ao Papa Pio IX, na qual ele pedia à Santa Sé que lhe concedesse o ícone do Perpétuo Socorro para ser colocado na recém-construída Igreja do Santíssimo Redentor e de Santo Afonso, localizada perto de onde estava a antiga Igreja de São Mateus. O Papa concedeu a licença e no verso da petição, de próprio punho ele escreveu:

"11 de dezembro de 1865: O Cardeal Prefeito da Propaganda chamará o Superior da comunidade de Santa Maria in Posterula e dirá-lhe que é Nosso desejo que a imagem da Santíssima Virgem, à qual se refere esta petição, seja de novo colocada entre São João e Santa Maria Maior; os Redentoristas vão substituí-la por um outro quadro adequado."

Conforme a tradição, foi então que o Papa Pio IX disse ao Superior Geral dos Redentoristas: "Fazei-a conhecida no mundo inteiro!" Em janeiro de 1866, os Pes. Michele Marchi e Ernesto Bresciani foram a Santa Maria in Posterula receber o quadro dos Agostinhos.

Começou então o processo de limpeza e restauração do ícone. A tarefa foi confiada a um artista polaco, Leopold Nowotny. Finalmente, no dia 26 de abril de 1866, a imagem era de novo exposta à veneração pública na igreja de Santo Afonso na Via Merulana.

A Mensagem do Ícone

O que se vê quando olha para este quadro?
Antes de tudo, vemos Maria, porque ela domina o quadro e porque ela olha directamente para nós - não para Jesus, nem para o céu, nem para os anjos. Ela olha para nós, como se quisesse dizer uma coisa muito importante. Os seus olhos parecem sérios, até tristes, mas chamam a atenção.

É uma mulher importante, de poder e de nobreza. É representada sobre um fundo dourado, símbolo do céu na Idade Média. Traja um manto azul com forro verde e uma túnica vermelha. Azul, verde e vermelho eram as cores da realeza. Somente a Imperatriz podia usar essas cores.

A estrela de oito pontas sobre a sua fronte foi provavelmente acrescentada por um artista posterior, para representar o conceito oriental de que Maria é a estrela que nos guia até Jesus. Para reforçar o simbolismo, há uma cruz ornamental de quatro pontas no seu véu, à esquerda da estrela.

As letras acima da sua cabeça a proclamam Mãe de Deus (em grego).

Olhando para o quadro, sentimos que ela tem poder para interceder por nós no céu.

O olhar de Maria dirige-se para nós, mas seus braços seguram Jesus. Nos ícones bizantinos, Maria jamais é representada sem Jesus, porque Jesus ocupa o centro da nossa fé. Também Jesus veste as roupas da realeza. Somente o imperador podia usar a túnica verde, a faixa vermelha e o brocado de ouro representados na pintura. As iniciais gregas à direita do Menino e o seu halo ornado com uma cruz proclamam que ele é "Jesus Cristo".

Jesus não está olhando para nós, nem para Maria, nem para os anjos. Embora ele se agarre à sua mãe, seu olhar é distante, olha para alguma coisa que não podemos ver - algo que o fez voltar-se tão rápido para a sua mãe, que uma das suas sandálias quase caiu, algo que o faz agarrar-se a ela buscando proteção e amor.

O que teria assustado tanto o menino, o próprio Filho de Deus?

As figuras que pairam de ambos os lados de Jesus e de Maria - identificadas pelas letras gregas acima deles como sendo os Arcanjos Gabriel e Miguel - dão-nos a resposta. Em vez de trazerem harpas ou trombetas de louvor, trazem os instrumentos da Paixão de Cristo.
À esquerda, Miguel segura uma urna contendo o fel que os soldados ofereceram a Jesus na cruz, a lança que atravessou seu lado e a vara com a esponja
À direita, Gabriel carrega a cruz e quatro cravos.




Jesus ficou conhecendo uma parte do seu destino - o sofrimento e a morte que o esperavam. Embora sendo Deus, ele também é humano e temeroso diante do seu terrível futuro. Voltou-se para a sua mãe, que o segura firme neste momento de pânico, do mesmo modo que ela estará a seu lado na vida e na morte. Ela não pode evitar seu sofrimento, mas lhe dá seu amor e seu conforto.

Então porque Maria olha tão atentamente para nós em vez de olhar para o seu filho necessitado? O seu olhar leva-nos para dentro da história, torna-nos parte da pintura e da dor. O seu olhar diz-nos que, assim como Jesus voltou-se para a sua mãe e encontrou refugio, assim também podemos nos dirigir a Maria.

A sua mão não segura as mãos do filho assustado num abraço proctetor, mas permanece aberta, convidando-nos a pôr as nossas mãos na sua, unindo-nos a Jesus.

Maria sabe que há muitas coisas em nossas vidas que são perigosas e terríveis, e que precisamos de alguém a quem procurar nas horas de sofrimento e de pavor. Ela nos oferece o mesmo conforto e o mesmo amor que deu a Jesus. Ela convida-nos a nos dirigirmos a ela imediatamente como fez Jesus, tão rápido que nem nos devemos preocupar com o que vestimos, ou como vamos; o importante é chegar até ela.

Fonte: http://www.cssr.com/

sábado, 21 de junho de 2008

São Luís Gonzaga

Luís nasceu no dia 9 de março de 1568, na Itália. Foi o primeiro dos sete filhos de Ferrante Gonzaga, marquês de Castiglione delle Stiviere e sobrinho do duque de Mântua. Seu pai, que servia ao rei da Espanha, sonhava ver seu herdeiro e sucessor ingressar nas fileiras daquele exército. Por isso, desde pequenino, Luís era visto vestido como soldado, marchando atrás do batalhão ao qual seu pai orgulhosamente servia.

Entretanto, Luís não desejava essa carreira, pois, ainda criança fizera voto de castidade. Quando tinha dez anos, foi enviado a Florença na qualidade de pajem de honra do grão-duque de Toscana. Posteriormente, foi à Espanha, para ser pajem do infante dom Diego, período em que aproveitou para estudar filosofia na universidade de Alcalá de Henares. Com doze anos, recebeu a primeira comunhão diretamente das mãos de Carlos Borromeu, hoje santo da Igreja.

Desejava ingressar na vida religiosa, mas seu pai demorou cerca de dois anos para convencer-se de sua vocação. Até que consentiu; mas antes de concordar definitivamente, ele enviou Luís às cortes de Ferrara, Parma e Turim, tentando fazer com que o filho se deixasse seduzir pelas honras da nobreza dessas cortes.

Luís tinha quatorze anos quando venceu as resistências do pai, renunciou ao título a que tinha direito por descendência e à herança da família e entrou para o noviciado romano dos jesuítas, sob a direção de Roberto Belarmino, o qual, depois, também foi canonizado.

Lá escolheu para si as incumbências mais humildes e o atendimento aos doentes, principalmente durante as epidemias que atingiram Roma, em 1590, esquecendo totalmente suas origens aristocráticas. Consta que, certa vez, Luís carregou nos ombros um moribundo que encontrou no caminho, levando-o ao hospital. Isso fez com que contraísse a peste que assolava a cidade.

Luís Gonzaga morreu com apenas vinte e três anos, em 21 de junho de 1591. Segundo a tradição, ainda na infância preconizara a data de sua morte, previsão que ninguém considerou por causa de sua pouca idade. Mas ele estava certo.


O papa Bento XIII, em 1726, canonizou Luís Gonzaga e proclamou-o Padroeiro da Juventude. A igreja de Santo Inácio, em Roma, guarda as suas relíquias, que são veneradas no dia de sua morte. Enquanto a capa que são Luís Gonzaga usava encontra-se na belíssima basílica dedicada a ele, em Castiglione delle Stiviere, sua cidade natal.

sexta-feira, 13 de junho de 2008

S. António


(Lisboa, 1195 - Pádua, 1231)

Frade franciscano e doutor da Igreja. Santo António, de seu nome Fernando Bulhão, frequenta a escola da Sé de Lisboa, em cujas proximidades nasce, ingressa na vida religiosa em São Vicente de Fora, e vai depois para o Mosteiro de Santa Cruz de Coimbra, onde é ordenado sacerdote. Em 1220 torna-se frade franciscano no Eremitério de Santo Antão dos Olivais, de Coimbra. Conquistado pela missionação, vai a Marrocos em missão apostólica e, depois, parte para Itália. São Francisco convoca-o, em 1221, para o Capítulo Geral da ordem, ali revela os seus talentos de orador a pregar perante os seus confrades e cativa São Francisco que o convida a ensinar Teologia nas escolas franciscanas de Bolonha, Montpellier e Toulouse. Em 1227 é nomeado ministro provincial no Norte de Itália, em Pádua prossegue a sua carreira de professor de Teologia, morre nesta cidade em 1231. É proclamado doutor da Igreja pelo papa Pio XII, em 1946, que o considera «exímio teólogo e insigne mestre em matérias de ascética e mística».
Visite o site da Basílica do Santo em Pádua: http://www.carosantantonio.it/por/home.asp

quarta-feira, 4 de junho de 2008

Maria, caminho para Jesus

"O princípio do caminho, que tem por fim a completa loucura por Jesus, é um confiado amor a Maria Santíssima".

S. Josémaria Escrivá de Labaguer

segunda-feira, 2 de junho de 2008

Nossa Senhora das Graças

A devoção à Nossa Senhora das Graças vem da alta idade Média. O primeiro Santuário dedicado à essa invocação surgiu em Mantova, na Lombardia, Itália.

O novo templo foi construído e consagrado solenemente no dia 15 de agosto de 1406. Seis anos depois foi entregue aos franciscanos e a devoção se propagou. Ela chegou na belíssima cidade de Arezzo da Toscana através de um famoso franciscano dessa época. Em Arezzo, no período etrusco-romano, existiu um templo pagão dedicado ao deus Apolo, com uma fonte.

No ano 1425, o pregador franciscano Bernardino de Siena, hoje venerado nos altares da Igreja foi requisitado para fazer os sermões da Quaresma aos paroquianos de Arezzo. Porém, logo tomou conhecimento do que ocorria na Fonte e tentou convencer a população a destruir o lugar profano.
Passados três anos, na Quaresma de 1428 ele foi convidado a retornar em Arezzo. Assim que chegou mostrou sua intenção de prosseguir no antigo intento e obteve sucesso. Liderou um cortejo de fiéis armados de pás e de enxadas, derrubando a tal fonte. No local ele mandou construir uma capela dedicada à Nossa Senhora das Graças.

O lugar se tornou um santuário mariano e ao seu lado surgiu um convento. Em 1695 foi entregue aos Carmelitas descalços, que o conservam até hoje. A festa de Nossa Senhora das Graças é celebrada no dia 02 de junho, antiga data da festa da Visitação da Virgem Maria.