terça-feira, 18 de março de 2008

Exercício em Honra das Cinco Chagas de Cristo



Eu me prosto diante de Vós, ó Jesus Crucificado, ó amado Redentor da minha alma. A minha consciência acusa-me de Vos ter por minhas próprias mãos pregado na cruz, todas as vezes que cometi pecado mortal e incorri no vosso desagravo por minha ingratidão.

Ó meu Deus, meu sumo e mais perfeito bem, Vós sois digno de todos os meus afectos, Vós que sempre me cumulastes de benefícios. Eu não posso, miserável como sou, destruir, como quereria, as minhas obras más; detesto-as porém com viva dor, porque Vos ofendi, ó infinita Bondade. Prostrado a Vossos pés, procurarei, ao menos condoer-me dos Vossos sofrimentos, agradecer-Vos, pedir-Vos perdão e o arrependimento; e é o coração que me inspira estas palavras:

À chaga do Pé Esquerdo

Eu Vos adoro, sacratíssima chaga do pé esquerdo. Sinto-me movido à compaixão, à vista da cruel dor que sofrestes, meu Jesus; agradeço-Vos todo o Amor com que tanto Vos fatigastes para me terdes no caminho da perfeição, até Vos ensanguentardes nos abrolhos e espinhos dos meus pecados. Ofereço ao Eterno Pai os sofrimentos e o Amor da Vossa humanidade santíssima, em expiação das minhas iniquidades, que detesto com uma profunda e sincera contrição.

À chaga do Pé Direito

Eu Vos adoro, sacratíssima chaga do pé direito. Sinto-me movido à compaixão, à vista da crudelíssima dor que sofrestes, meu Jesus; agradeço-Vos o Amor que Vos crucificou no meio das mais terríveis angústias e da efusão do Vosso sangue. Quisestes assim punir os meus desvarios e a criminosa satisfação que dei às minhas desenfreadas paixões. Ofereço ao Eterno Pai a dor e o Amor da Vossa humanidade santíssima. Peço-Lhe que me conceda a graça de chorar, com ardentes lágrimas, as minhas faltas, de perserverar no bem começado, e de jamais me subtrair à obediência dos Vossos preceitos.

À chaga da Mão Esquerda

Eu Vos adoro, sacratíssima chaga da mão esquerda. Sinto-me movido à compaixão, à vista da crudelíssima dor que sofrestes, Jesus; agradeço-Vos o terdes, com tanto Amor, suspendido os castigos e a condenação eterna, que, por minhas culpas, mereci. Ofereço ao Eterno Pai a dor e o Amor da Vossa humanidade santíssima, e peço-Lhe a graça de aproveitar o tempo que ainda me resta de vida em fazer dignos frutos de penitência e desarmar a justiça divina, irritada contra mim.

À chaga da Mão Direita

Eu Vos adoro, sacratíssima chaga da mão direita. Sinto-me movido à compaixão, à vista da crudelíssima dor que sofrestes, meu Jesus; agradeço-Vos o terdes-me sempre cumulado de benefícios, embora eu a eles tenha tão mal correspondido.Ofereço ao Eterno Pai a dor e o Amor da Vossa humanidade santíssima, e peço-Lhe a graça de mudar o meu coração e os meus afectos, e fazer com que todas as minhas acções sejam de harmonia com a Sua Divina Vontade.`

À Santíssima chaga do Lado

Eu Vos adoro, sacratíssima chaga do lado de Jesus. Sinto-me movido à compaixão, à vista da cruel insulto que sofrestes, meu Jesus; agradeço-Vos todo o Amor com que permitistes que o Vosso lado e coração fossem feridos, e daí corresse a última gota de sangue e àgua, para tornar mais abundante a minha redenção. Ofereço ao Eterno Pai os ultrajes que a Vossa santíssima e amantíssima humanidade recebeu, a fim de que a minha alma, uma vez entrada nesse coração, cheio de misericórdia e sempre pronto a acolher ainda os maiores pecadores, daí jamais torne a sair.

extraído de "Não pudestes vigiar uma hora comigo? -

Hora Santa de Reparação"

Imprimatur +Policarpo, Bispo Auxiliar,

Porto, 9 de Novembro de 1951

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