quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

Quarta-Feira de Cinzas


A Quaresma católica inicia-se na Quarta-Feira de Cinzas e no início ou no final da missa, quando o sacerdote põe sobre a cabeça dos fiéis, que se aproximam em procissão, um pouco de cinza, dizendo: "Porque tu és pó e ao pó hás de voltar" (Gn 3,19), ou, como atualmente alguns preferem: "Convertei-vos e crede na Boa Nova" (Mc 1,15).
Antigamente, o acto de salpicar cinzas era reservado apenas para os que desejassem assumir o arrependimento publicamente. Depois, a partir do século XI, o papa Urbano II, inspirado, estendeu a prática a todos os cristãos, porque todos nós somos pecadores. A partir do recebimento das cinzas, ocorre a conscientização pelo arrependimento que, associado à penitência do período quaresmal, possibilita a conversão cristã total, quando sincera. As cinzas simbolizam o nada da criatura em relação a seu Criador; são obtidas por meio da queima dos ramos de palmeira e de oliveira bentos no Domingo de Ramos do ano anterior.

terça-feira, 24 de fevereiro de 2009

La Madonna della Fiducia

Interessante é a história desta devoção, uma vez que a Mãe de Deus é o símbolo mais perfeito da confiança em Deus. E o modelo completo das virtudes a ser seguido por todos os cristãos que desejam alcançar a santidade e salvação em Cristo na vida eterna.

A invocação de Nossa Senhora da Confiança foi introduzida na Igreja no século XVIII por uma mística católica chamada Irmã Clara Isabel Fomari, ingressou para a vida religiosa orientada por seu confessor, o jesuíta Crivelli.

Abadessa do mosteiro da cidade de Todi, na Itália, Irmã Clara Isabel deixou suas experiências registradas no livro "Relações místicas" conservado nesse mosteiro desde a sua morte em 1744. O livro mostra sua forte devoção pela Virgem e cita os numerosos prodígios atribuídos à sagrada imagem do quadro de Maria com o Menino Jesus, venerado por ela em sua cela. A vigorosa fé na Mãe de Deus e os dons místicos da religiosa propagaram entre a população local a invocação de Nossa Senhora da Confiança.

Em 1781 o sagrado quadro saiu do no mosteiro de São Francisco em Todi, atendendo ao pedido do sobrinho do padre Crivelli, também jesuíta. Padecendo de gravíssima enfermidade ele desejou se penitenciar diante da imagem de Nossa Senhora da Confiança, cuja devoção seu tio lhe transmitira. Ele se curou e em agradecimento mandou fazer uma cópia exata do quadro de sua celestial benfeitora.

A cópia da imagem o acompanhou à Roma, quando foi designado diretor espiritual para o Colégio Germânico que foi sede, por longo período, do Pontifício Seminário Romano Maior. O centro da divulgação da devoção de Nossa Senhora da Confiança, eleita padroeira do Seminário.

A sede definitiva do Seminário, ficou pronta em 1917 e a nova capela foi dedicada à celestial padroeira. O Papa Bento XV, nessa solene ocasião, coroou Nossa Senhora da Confiança confirmando canonicamente seu título e o dia de sua festa, em 24 de fevereiro.




quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

Nossa Senhora de Lourdes

Imagem de Nossa Senhora de Lourdes presente na Basílica do Rosário
(uma das Basílicas do Santuário de Lourdes)


No dia 8 de dezembro de 1854, o Bem-aventurado Papa Pio IX promulgou o dogma da Imaculada Conceição de Maria. A Bula "Ineffabilis Deus", afirma: "a Virgem Maria foi preservada, por especial graça e privilégio de Deus omnipotente, em previsão dos méritos de Jesus Cristo, Salvador da humanidade, de qualquer mancha do pecado original, desde o primeiro instante da sua concepção".


As aparições marianas em Lourdes, na França, começaram menos de quatro anos depois, no dia 11 de fevereiro de 1858. Deus quis que Sua Mãe se manifestasse à uma pobre e analfabeta camponesa chamada Bernardete Soubirous, de catorze anos de idade. A jovem participou das dezoito aparições na gruta de Massabielle, onde a Virgem lhe indicou a pedra, da qual brotou a fonte de água, para aplacar sua sede.


Nas mensagens de Lourdes, Maria reiterou sua Imaculada Conceição, a necessidade da verdadeira conversão dos cristãos, e da oração diária do terço. Ou seja, deixou claro que Deus não deseja a morte do pecador, mas que ele se converta e viva, em abundância. Por isso, pediu que aquele lugar fosse transformado em santuário. Encravado nos montes Pirineus, perto da fronteira com a Espanha, o pequeno povoado de Lourdes se tornou uma das metas de peregrinação mariana mais populares da Europa. Milhões de devotos e turistas de todas as partes do mundo, visitam o local todos os anos, para agradecer milagres, pedir graças e buscar a água sagrada.


Mas o grande milagre de Lourdes é a manifestação da Imaculada Conceição de Maria à luz da Eucaristia. Melhor dizendo, a Virgem sem pecado vem em socorro dos pecadores, para perpetuar o milagre da Eucaristia. Prodígio este, que continua acontecendo durante as procissões em Lourdes. O Cristo Eucarístico passa por entre os peregrinos doentes, no corpo e na alma, abençoando a todos e realiza uma salvação ainda mais contundente e profunda.


A festa anual de Nossa Senhora de Lourdes é celebrada em 11 de fevereiro, aniversário da primeira aparição. Nela a Igreja Católica recorda o fundamento da mensagem evangélica deixado pela Mãe: a oração e a penitência são os caminhos para que Cristo possa se firmar em cada gênero humano e na sociedade.


Em 1991, o Papa João Paulo II instituiu a comemoração do Dia Mundial do Doente junto com a festa de Nossa Senhora de Lourdes.De tal modo, somou ao sentido de universalidade da dor, aquele da esperança da salvação em Jesus Cristo: "única resposta autêntica à dor, ao sofrimento e à morte". (3a. Mens. JPII).

Desde então a festa de Nossa Senhora de Lourdes é marcada por preciosas mensagens catequéticas do Sumo Pontífice à todo seu rebanho, sobre o sentido cristão do sofrimento humano.


domingo, 8 de fevereiro de 2009

A doença faz parte da experiência humana

O papa pediu esta manhã aos fiéis presentes na Praça São Pedro, uma oração por todos os enfermos, especialmente os mais graves, não auto-suficientes, que dependem dos cuidados de outras pessoas.

O Evangelho de hoje recorda uma série de curas milagrosas realizadas por Jesus. Bento XVI destacou que a experiência da cura dos doentes ocupou boa parte da missão pública de Cristo, e devemos uma vez mais refletir sobre o sentido e o valor da enfermidade, em qualquer situação o ser humano se encontre:

“Não obstante a doença faça parte da experiência humana, não conseguimos nos acostumar com ela; não apenas porque às vezes ela se torna árdua, grave, mas essencialmente porque somos feitos para a vida”.

“Quando somos provados pelo mal e nossas orações parecem ser vãs – disse ainda o pontífice – surge em nós a dúvida; e angustiados, nos questionamos sobre a vontade de Deus. E encontramos no Evangelho a resposta a esta pergunta:

“Jesus não deixa dúvidas: Deus, do qual Ele mesmo nos revelou o rosto, é o Deus da vida, que nos liberta de todos os males. O sinal desta sua força de amor são as curas que realiza, demonstrando assim que o Reino de Deus está próximo e restituindo homens e mulheres à sua plena integridade, de espírito e de corpo. Assim, entendemos porque sua pregação e as curas que realiza estão sempre juntas, formando uma única mensagem de esperança e salvação”.

Texto transcrito de http://www.radiovaticana.org